quinta-feira, 31 de maio de 2012

/... com amor para sempre

Amor?
Quem pode dizer que sabe realmente o que é o amor e como é amar? Quais os limites e barreiras que não podem ser transpostos para cairmos na loucura ou em estupidez... o que o distingue da paixão, da veneração, da idolatração? E é possível o amor ser eterno mesmo quando do sentimento não nasce fruto?
Mesmo após partires, mesmo após a dor que senti e o vazio que deixaste, nunca deixei de te amar e de me apaixonar sempre que te vejo. Mesmo na alegria de te ver feliz ao lado de alguém, há ciúme e raiva e ódio, de ti e dele e de mim. E crio ilusões e histórias que para mim são, mesmo que momentaneamente, reais, onde és protagonista de episódios eróticos e\ou apaixonantemente amorosos e em que eu sou esquecido... noutros imagino-me presente nos teus olhos e principalmente no teu peito e pensamentos; e por incrível que possa parecer, são esse os que mais me magoam.
Vivo nostalgicamente das recordações que guardo do nós e continuo a acompanhar os teus passos e a dar-te a mão quando precisas, mesmo que sofra de uma forma doente muitas vezes, imaginando, ainda,  aquela imagem tão cliché de nós dois nos últimos tempos de vida juntos a ver o nascer ou pôr do sol pirosamente felizes um ao lado do outro. E eu estarei feliz por continuar ao teu lado sempre, mesmo que distante do teu coração, mas presente na tua vida. Mesmo doente de amor platónico e infeliz e só estarei, por ti, bem acompanhado, mesmo quando me ignoras e me usas e tratas como queres pois sabes que estou ali, estarei sempre presente para ti e por ti...
E caiu no ridículo de me odiar a mim mesmo, chegando a ter pena daquela imagem que mostro frágil, vulnerável e doente... não sabendo já o que vês quando pensas em mim... se pena, se compaixão, se gratidão ou apenas um porto seguro da tua egoísta insegurança pessoal, esqueço o respeito que tenho por mim e continuo a rastejar por ti, e chicotear-me com o teu desdém e o meu amor (qual deles o mais cruelmente castigador) e choro...
choro por não te ter, choro por te amar, choro por tudo aquilo que é, talvez, o mais bonito em mim. O amor que encontrei em mim, pois até te ter nunca tinha imaginado possível existir tanta entrega e tanta devoção a outro como existe em mim desde que iniciámos aquele caminho juntos. 
Sei que poderão chegar muitos, mas o meu príncipe, que julgava perdido nos sonhos infantis, já me acordou do sono eterno e nenhum outro poderá fazer-me sentir uma história tão profunda como a que tivemos juntos.
Continuarei a seguir os teus passos e aplaudir as tuas vitórias de pé e ajudar-te-ei a ultrapassar as épocas menos boas, estendendo sempre a mão quando precisares de ajuda para te ergueres de novo. Acredito nas tuas qualidades e talentos e acredito naquele miúdo tímido e cheio de verdade que se passeou comigo pelas ruas de uma Lisboa antiga naquela noite de final de Primavera e mal me conseguia olhar nos olhos. 
E por isso repito:

"Teu fã de sempre....
                           ... com amor para sempre."

1 comentário:

  1. Pedro bem....
    Que texto lindo!!!! Jogas com as palavras de uma maneira que fazes o leitor mergulhar de cabeça no turbilhão de sentimentos que estas letras escondem!!!!
    Adorei, continua a deliciar-nos com estas maravilhas!!!
    LUIZ ALVEZ

    ResponderEliminar