segunda-feira, 23 de junho de 2014
/para sempre...
-sempre foi o teu rosto que vi quando me observei acompanhado num futuro longínquo de cabelos brancos e rugas, mas de mão dada, de dedos entrelaçados. Eram os teus olhos o teu sorriso. Sempre foram. Sempre foste tu... Para que duvidar?
Não vamos questionar vamos apenas caminhar juntos. Vamos amar. Vamos sorrir e chorar juntos. Vamos aceitar respeitar e perdoar juntos. Vamos crescer juntos de mãos dadas, até chegarmos aquele jardim, aquele banco da minha memória futura.
Serei para sempre teu...
/o monstro
Olho em frente e já não sinto o cheiro.
Caminho recto sem ver o destino do mapa traçado a giz como tinta permanente.
Busco o pulsar do mecanismo guardado no peito, tento alcançar a estrada de tijolos encarnados que a máquina bombeia em direção ao meu corpo e não a encontro. Perco-me no escuro deste vazio silêncio escutando o futuro de um passado não presente.
Fujo de mim para me encontrar...
Bato à porta e não estou. Ligo sem parar pro número que guardo com o meu nome e ninguém responde.
Já cá não estou...
Fui pelo caminho que afinal não existe. O caminho que pertence a uma memória de um amanhã sonhada ontem, em tempos, chamada para sempre.
Mas olho em frente e caminho recto mesmo sem me encontrar em mim. Sem o cheiro da felicidade presente, sem o local chamado amor à minha frente...
Mas vou... Sem olhar, sem ver, sem sequer acreditar...
Vou...
O monstro vai crescendo dentro de mim...
Caminho recto sem ver o destino do mapa traçado a giz como tinta permanente.
Busco o pulsar do mecanismo guardado no peito, tento alcançar a estrada de tijolos encarnados que a máquina bombeia em direção ao meu corpo e não a encontro. Perco-me no escuro deste vazio silêncio escutando o futuro de um passado não presente.
Fujo de mim para me encontrar...
Bato à porta e não estou. Ligo sem parar pro número que guardo com o meu nome e ninguém responde.
Já cá não estou...
Fui pelo caminho que afinal não existe. O caminho que pertence a uma memória de um amanhã sonhada ontem, em tempos, chamada para sempre.
Mas olho em frente e caminho recto mesmo sem me encontrar em mim. Sem o cheiro da felicidade presente, sem o local chamado amor à minha frente...
Mas vou... Sem olhar, sem ver, sem sequer acreditar...
Vou...
O monstro vai crescendo dentro de mim...
/a chama de um copo de mim
Chama Fogo Arde
Fogo Chama Queima
A vontade incendeia-nos por dentro esperando que os olhos gélidos ocultem o calor que nos invade as carnes com um vento quente de Verão vindo de Sul.
O sangue ferve cada vez mais... cada vez mais... mais... mais... Mais....
- Mais gelo... O whisky precisa de mais gelo...
...
Tento que ele não se aperceba, tento que ninguém se aperceba que já não sou eu quem detém o controlo novamente.
Sorrio... sorrio e finjo rir-me das conversas banais que caem no balcão...
E a chama no pavio ganha cada vez mais força... a luz é cada vez maior e o seu calor incendeia-me cada vez mais.
-Do you light my candle?
Olho para ti, sentado na mesa de bar, sorris-me e eu sei que sabes que és tu quem mexe os cordões da chama enfantochada desta paixão...
Deixei cair a máscara e fiquei vulnerável.
Ardo em frente a todos e já não tenho vergonha de o fazer...
"EI, TU QUE PASSAS A NOITE NUM BAR
QUE QUERES NUM COPO O MEU CORPO ENCONTRAR
EI, OLHA PARA MIM TU NÃO ME CONHECES
SÓ QUERES O MEU CORPO, PAGAS E ESQUECES."
Apaga esta vela antes que a cera queime... sem ilusões de uma verdadeira chama partilhada... sem fantasias de um fogo contínuo. sem mágua... por favor...
Apaga-a!
O fogo é só meu, eu sei, e o calor dos teus olhos eu sei que não é amor, apenas vontade, desejo, líbido ardente... mas amor... não...
-Did you really light my candle?
Fecho os olhos, apago o cigarro acendido com a chama da falsa paixão e dirijo-me para o palco...
A vela queimou até ao fim, apagou-se...
As Luzes acendem...
SHOW MUST GO ON
Fogo Chama Queima
A vontade incendeia-nos por dentro esperando que os olhos gélidos ocultem o calor que nos invade as carnes com um vento quente de Verão vindo de Sul.
O sangue ferve cada vez mais... cada vez mais... mais... mais... Mais....
- Mais gelo... O whisky precisa de mais gelo...
...
Tento que ele não se aperceba, tento que ninguém se aperceba que já não sou eu quem detém o controlo novamente.
Sorrio... sorrio e finjo rir-me das conversas banais que caem no balcão...
E a chama no pavio ganha cada vez mais força... a luz é cada vez maior e o seu calor incendeia-me cada vez mais.
-Do you light my candle?
Olho para ti, sentado na mesa de bar, sorris-me e eu sei que sabes que és tu quem mexe os cordões da chama enfantochada desta paixão...
Deixei cair a máscara e fiquei vulnerável.
Ardo em frente a todos e já não tenho vergonha de o fazer...
"EI, TU QUE PASSAS A NOITE NUM BAR
QUE QUERES NUM COPO O MEU CORPO ENCONTRAR
EI, OLHA PARA MIM TU NÃO ME CONHECES
SÓ QUERES O MEU CORPO, PAGAS E ESQUECES."
Apaga esta vela antes que a cera queime... sem ilusões de uma verdadeira chama partilhada... sem fantasias de um fogo contínuo. sem mágua... por favor...
Apaga-a!
O fogo é só meu, eu sei, e o calor dos teus olhos eu sei que não é amor, apenas vontade, desejo, líbido ardente... mas amor... não...
-Did you really light my candle?
Fecho os olhos, apago o cigarro acendido com a chama da falsa paixão e dirijo-me para o palco...
A vela queimou até ao fim, apagou-se...
As Luzes acendem...
SHOW MUST GO ON
/vontades de cristal
Segui em frente guiado pelas estrelas. A lua não enchia a rua de azul mas sorria-me em modo crescente.
Segui em frente com um pensamento dormente... uma memória táctil de um futuro incerto dos lábios carente.
Perdi-me porém na solidão de uma multidão ao encontrar a praça replete das gentes... multidões em harmonia, companhias, palavras, sorrisos presentes... e em mim... o silêncio...
Olhei para o ...alto e a lua já lá não estava e as estrelas pareciam ter perdido o brilho encaminhante de outrora.
Procurei um degrau, sentei-me e meditei...
Serei eu o fracasso? Um ser impotente... sem forma de alcançar os anseios e desejos?
Não... sou um mero caminhante, sim, um vagueante nocturno de falso sorriso... escondi a interrogação presente e encolhi o sal líquido que prometia cair-me do brilho dos olhos.
Ergui o olhar e depois o queixo, elevei-me em direção ao incerto e fui...
Procurei o verde líquido que tantas vezes me acalmara... ingeri-o de um trago. Nova rodada e um ligeiro tremor... senti-me bem, confiante, potente... ingeri curtos pedaços de reconforto seguidos de lima, antecedidos do sabor das lágrimas salgadas... inebriado caminhei por uma multidão de suor e cheiros... perdi-me nos seus movimentos cativantes, vi nos seus olhares convites... vi o que nunca vejo...
Esta noite voltei a sentir o poder nas minhas mãos, na minha mente, nos meus lábios.
Virei feiticeiro.
Encantei, fiz magia, iludi, provei o sabor de outros lábios, a respiração de outro ser, o cheiro de alguém mas não concluí as vontades, não terminei os actos, não atingi as finalidades... na verdade, nunca alcanço o verdadeiro destino...
E então fugi... sem saber quando terei oportunidade de voltar a experimentar esta magia novamente...
Fugi e para trás deixei o meu encanto de cristal, perdido nas escadas.
E no bater da hora zero tornei-me novamente eu e o cristal estalou pisado pela indiferença de um qualquer príncipe que nem sequer conheci...
Segui em frente com um pensamento dormente... uma memória táctil de um futuro incerto dos lábios carente.
Perdi-me porém na solidão de uma multidão ao encontrar a praça replete das gentes... multidões em harmonia, companhias, palavras, sorrisos presentes... e em mim... o silêncio...
Olhei para o ...alto e a lua já lá não estava e as estrelas pareciam ter perdido o brilho encaminhante de outrora.
Procurei um degrau, sentei-me e meditei...
Serei eu o fracasso? Um ser impotente... sem forma de alcançar os anseios e desejos?
Não... sou um mero caminhante, sim, um vagueante nocturno de falso sorriso... escondi a interrogação presente e encolhi o sal líquido que prometia cair-me do brilho dos olhos.
Ergui o olhar e depois o queixo, elevei-me em direção ao incerto e fui...
Procurei o verde líquido que tantas vezes me acalmara... ingeri-o de um trago. Nova rodada e um ligeiro tremor... senti-me bem, confiante, potente... ingeri curtos pedaços de reconforto seguidos de lima, antecedidos do sabor das lágrimas salgadas... inebriado caminhei por uma multidão de suor e cheiros... perdi-me nos seus movimentos cativantes, vi nos seus olhares convites... vi o que nunca vejo...
Esta noite voltei a sentir o poder nas minhas mãos, na minha mente, nos meus lábios.
Virei feiticeiro.
Encantei, fiz magia, iludi, provei o sabor de outros lábios, a respiração de outro ser, o cheiro de alguém mas não concluí as vontades, não terminei os actos, não atingi as finalidades... na verdade, nunca alcanço o verdadeiro destino...
E então fugi... sem saber quando terei oportunidade de voltar a experimentar esta magia novamente...
Fugi e para trás deixei o meu encanto de cristal, perdido nas escadas.
E no bater da hora zero tornei-me novamente eu e o cristal estalou pisado pela indiferença de um qualquer príncipe que nem sequer conheci...
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